Inércia colônica: Saiba como investigar
Dra. Lucia de Oliveira explica como investigar essa condição.
A inércia do cólon é um tipo de constipação e que pode causar desconforto e prejuízo da qualidade de vida, caracterizada por um tempo de trânsito colônico prolongado. Diagnóstico difícil e raro, onde a fisiopatologia parace estar associada as alterações nas células enterocromafins, responsáveis pela motilidade intestinal. Quando a musculatura do cólon perde sua motilidade, ocorre uma redução dos movimentos peristálticos, resultando em distensão abdominal e uma ausência prolongada do desejo evacuatório.
Segundo a Dra. Lucia de Oliveira, coloproctologista com doutorado pela USP e Fellow na Cleveland Clinic Florida, “a inércia do cólon é uma condição rara e complexa, cujo diagnóstico exige uma abordagem detalhada e criteriosa.”
Como identificar a inércia do cólon?
O diagnóstico da inércia do cólon não é simples e envolve a exclusão de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes. Um dos exames fundamentais é o tempo de trânsito colônico com marcadores radiopacos. “Este exame revela geralmente a distribuição dos marcadores ao longo de todo o cólon após o quinto e sétimo dia, indicando um trânsito colônico anormalmente prolongado”, explica Dra. Lucia.
Exames essenciais para o diagnóstico
Para um diagnóstico preciso, é crucial realizar uma série de exames complementares que ajudam a excluir outras possíveis causas de constipação. A Dra. Lucia destaca a importância de exames como a manometria gastroduodenal, colônica e anorretal. “A manometria anorretal, por exemplo, é essencial para avaliar a função dos músculos e nervos do ânus e do reto, permitindo identificar disfunções que podem contribuir para os sintomas do paciente”, esclarece.
Além disso, é importante considerar métodos dinâmicos de evacuação para avaliar a coordenação muscular durante a defecação. “Esses métodos podem incluir testes como a defecografia e a ressonância magnética dinâmica, que fornecem imagens detalhadas do processo evacuatório”, acrescenta a especialista.
Importância da exclusão de outras condições
A exclusão da defecação obstruída e da dismotilidade do trato digestivo alto é um passo essencial no processo diagnóstico. A Dra. Lucia reforça que “essas condições podem mascarar ou coexistir com a inércia do cólon, tornando o diagnóstico diferencial um desafio.”
Tratamento e manejo da inércia do cólon
Uma vez confirmado o diagnóstico de inércia do cólon, o tratamento pode incluir desde mudanças na dieta e no estilo de vida até intervenções médicas mais específicas. “A abordagem terapêutica deve ser individualizada, considerando as necessidades e características específicas de cada paciente”, destaca a Dra. Lucia. “Em alguns casos, pode ser necessário o uso de laxantes ou outros medicamentos que estimulam a motilidade intestinal.”
A Dra. Lucia de Oliveira enfatiza a importância de um acompanhamento médico regular e de uma abordagem multidisciplinar no manejo da inércia do cólon. “Trabalhar em conjunto com o psiquiatra, o fisioterapeuta, nutrólogo e outros profissionais de saúde pode proporcionar um cuidado mais abrangente e eficaz para os pacientes”, conclui.
A inércia do cólon é uma condição rara e complexa que requer uma investigação detalhada para um diagnóstico preciso. A Dra. Lucia de Oliveira, com sua vasta experiência e conhecimento, destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar e de exames específicos para identificar e tratar essa condição adequadamente. Com o diagnóstico correto e o tratamento apropriado, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes afetados pela inércia do cólon.
Para mais informações e agendamentos, entre em contato com a Dra. Lucia de Oliveira, especialista em disfunções do assoalho pélvico, colonoscopias e prevenção do câncer.
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!